terça-feira, 4 de março de 2025

Porque é que estamos cada vez mais gordos ?


Hoje assinala-se o Dia Nacional de Luta contra a Obesidade


Estudos mostram que a obesidade é mais passível de preconceito e discriminação do que o género ou questões raciais, incluindo no local de trabalho, instituições educacionais, e até mesmo nos cuidados de saúde.

 Infelizmente, no caso da obesidade, esta atitude continua a ser socialmente aceitável e raramente é desafiada. 


Existem vários fatores que contribuem para o aumento da obesidade em muitas partes do mundo, incluindo Portugal:

  1. Dieta Moderna: Muitos alimentos processados são ricos em calorias, açúcares e gorduras, mas pobres em nutrientes. 

  2. O fácil acesso a junk food e fast food pode levar ao ganho de peso.

  3. Estilo de Vida Sedentário: Com o avanço da tecnologia, passamos mais tempo sentados, seja no trabalho, a ver televisão, ou a usar dispositivos eletrónicos.

  4.  Menos atividade física contribui para o aumento de peso.

  5. Aspectos Socioeconómicos: Em algumas regiões, alimentos mais saudáveis podem ser mais caros ou menos acessíveis. 

  6. Além disso, o stress e a falta de tempo podem levar a escolhas alimentares menos saudáveis.

  7. Genética e Biologia: Algumas pessoas têm uma predisposição genética para ganhar peso mais facilmente. 

  8. Fatores biológicos, como desequilíbrios hormonais, também podem influenciar o peso corporal.

  9. Marketing e Publicidade: A publicidade de alimentos pouco saudáveis, especialmente voltada para crianças, pode influenciar as escolhas alimentares e levar ao consumo excessivo de calorias.

  10. Mudanças Culturais: Em algumas culturas, houve uma mudança na percepção do que é uma dieta "normal".

  11.  Porções maiores e refeições mais calóricas tornaram-se comuns.

Esses são apenas alguns dos muitos fatores que contribuem para o aumento da obesidade. 

É um tema que envolve questões individuais, sociais, económicas e culturais.




sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Escassez de recursos humanos compromete acesso adequado ao medicamento no Serviço Nacional de Saúde

 

Escassez de recursos humanos compromete acesso adequado ao medicamento no Serviço Nacional de Saúde


Dados do Índex Nacional de Acesso ao Medicamento Hospitalar mostram que escassez de recursos afeta 80% das instituições do SNS;


Relatório foi apresentado no Fórum do Medicamento, onde também se discutiu a implementação do novo Regulamento Europeu de Avaliação das Tecnologias de Saúde;

Índex confirma ainda que a carga administrativa se agravou enquanto barreira de acesso ao medicamento e que ruturas continuam a ser vistas como um problema grave.

Quando se trata do circuito do medicamento, as instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) confirmam estarem dotadas de recursos humanos adequados, mas claramente insuficientes. 

Uma escassez que afeta, na esmagadora maioria dos casos (80%), o acesso adequado aos medicamentos por parte dos utentes.

 Os dados integram o Estudo Intercalar do “Índex Nacional de Acesso ao Medicamento” de 2024, apresentado na 16.ª edição do Fórum do Medicamento, uma iniciativa da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o apoio da AstraZeneca, e que, segundo Xavier Barreto, presidente da APAH, “evidenciam aquilo que vemos no terreno todos os dias: vários indicadores melhoram por ação das Unidades Locais de Saúde (ULS) e das suas farmácias hospitalares, mas a escassez de recursos humanos é um problema crescente e que coloca em risco os nossos resultados”.

“Pior: a escassez de recursos humanos, particularmente de Farmacêuticos, prejudica o acesso a serviços que poderiam fazer a diferença para os nossos doentes, como é o caso da consulta farmacêutica”, refere ainda o especialista. Consulta que, mostram os dados, já está implementada em 52% das instituições, mas tem na questão dos recursos humanos, segundo Xavier Barreto, um “fator limitante.

 É preciso formar e contratar mais farmacêuticos hospitalares, dando-lhes tarefas acrescidas em relação ao que fazem hoje”. 

Ainda no que diz respeito às barreiras de acesso ao medicamento, o Índex mostra que a maioria das instituições (86%) afirma que a carga administrativa é a grande barreira neste processo. 

Para o presidente da APAH, isso deve-se ao facto de “grande parte dos departamentos de compras ter sido assoberbado com o acrescento de trabalho resultante da integração das compras dos cuidados primários. Na maior parte dos casos, sem reforço de pessoal.

 Isso, como é natural, faz com que a carga administrativa seja ainda mais percecionada como um obstáculo”. 

O Índex mostra ainda que as ruturas de medicamentos continuam a ser vistas como um problema grave para 93,1% das instituições, o que confirma que há ainda mais a ser feito, como “prever consumos, negociar com maior antecedência acordos plurianuais com fornecedores, e garantir que o negócio é sustentável para todas as partes. 

Não posso deixar de dizer que as ruturas, não obstante criem uma sobrecarga de trabalho para as farmácias, geralmente não têm impacto no doente. 

São resolvidas via empréstimos, entreajuda entre farmácias, opção por outras alternativas terapêuticas.”

De facto, mostram os resultados, assistiu-se a uma evolução positiva ao nível da organização dos serviços no sentido de resolução dessas ruturas: 38% possuem um departamento, núcleo ou pessoa responsável por avaliar o impacto das ruturas, 83% um departamento, núcleo ou pessoa responsável por solucionar estes problemas e 69% um registo das ocorrências das mesmas. 

Ao todo, 79,3% das instituições tem implementado um programa de dispensa de medicamentos em proximidade, ainda que a nova regulamentação tenha sido apontada como responsável por limitar a tipologia de medicamentos a enviar, não abordar critérios por patologia, grau de incapacidade ou distância geográfica, limitar a entrega no domicílio e não estabelecer um claro circuito de distribuição/transportadora. 

Regulamentação que Xavier Barreto considera que “pode traduzir-se numa redução do benefício para os doentes, no sentido em que a entrega em proximidade não vai evitar que tenham de vir ao seu hospital para dispensa de alguns fármacos. 

A falta de definição de um circuito abre espaço para assimetrias entre diferentes ULS. As soluções não têm de ser iguais em todo o País, mas importa que estejam definidas e que sejam claras para todas as partes”. 

Do Índex, há ainda a salientar um aumento da despesa com medicamentos em 86% das instituições.

 A responsabilidade é, segundo o presidente da APAH, “claramente, da inovação terapêutica. Temos novos fármacos, geralmente mais eficazes, mas também mais caros.

 A decisão da sua introdução no SNS, bem como a definição do seu preço, não está no âmbito das ULS. O aumento de produção também contribui para este aumento.

 Se fazemos mais consultas e tratamentos, é natural que os custos aumentem.

 É um dos principais riscos financeiros para o SNS e deve ser alvo de uma atenção específica por parte do Governo”. 











quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Pomadas para minimizar os efeitos das picadas de insetos

 

Maleato de dexclorfeniramina


A pomada de maleato de dexclorfeniramina tem ação antialérgica que ajuda a aliviar a coceira ou vermelhidão na pele causadas pela picada de insetos. 


Alguns exemplos de pomadas ou cremes dermatológicos com maleato de dexclorfeniramina são Polaramine ou Histamin, por exemplo, e não devem ser usados por crianças com menos de 2 anos, mulheres grávidas ou em amamentação, em áreas da pele que apresentem bolhas ou por pessoas que possuem alergia a essa substância ativa 

Como usar: aplicar 2 vezes por dia na região da pele afetada até a melhora dos sintomas.

 É recomendado não cobrir a área que está sendo tratada. 

Além disso, essas pomadas não devem ser aplicadas nos olhos, boca, nariz, nos órgãos genitais ou em outras mucosas.


Fonte JN


quinta-feira, 23 de maio de 2024

Um abraço por dia, não sabe o bem que lhe fazia

 

Um abraço por dia, não sabe o bem que lhe fazia


Quais são os benefícios dos abraços


Dar e receber abraços é um contacto primitivo e uma forma de transmitir o que sentimos aos outros. São parte da nossa vida quotidiana e servem para expressar muitos sentimentos e emoções, seja carinho, apoio, alegria, desejo, cumplicidade, etc., mas, além disso, produzem uma infinidade de benefícios que influenciam diretamente no nosso bem-estar físico e mental.


1 – Fica-se mais feliz!


Quando abraçamos alguém de quem gostamos, o corpo liberta uma substância denominada oxitocina, a hormona do amor e da felicidade, que está relacionada com a sensação de bem-estar tanto físico como mental. 

É por isso que os abraços nos ajudam a sentir bem e a transmitir uma boa energia que se reflete numa melhora do estado de ânimo. 

Por isso os abraços são muito benéficos para combater o stress, superar bloqueios mentais e recuperar-se de sentimentos de nostalgia ou tristeza. 

Ela aumenta os sentimentos de apego, conexão, confiança e intimidade e ajuda a curar a solidão, o isolamento e até a raiva.

O abraço é processado pelo sistema nervoso como uma recompensa, e por isso tem um impacto importante na mente humana, fazendo com que tenhamos uma sensação de felicidade e alegria.

Não importa se estamos abraçando ou sendo abraçados, a simples conexão física com o outro já nos torna mais felizes. 

Os abraços ainda ajudam a cultivar a paciência e demonstrar apreço, além de estimular a libertação de dopamina, a hormona do prazer, e serotonina, a hormona do bemestar, amplamente associado ao bom humor e estimula as mesmas áreas do cérebro aliadas à sensação de bem-estar e aumenta a autoestima.

 Por todos estes motivos, os abraços podem inclusive ser importantes no tratamento da depressão.


2 – Desenvolve relacionamentos


Os abraços são um bom remédio para superar a solidão, pois oferecem um contacto físico que consegue que as pessoas se sintam protegidas, apoiadas e compreendidas. 

Geram também um sentimento de agradecimento e favorecem a comunicação afetiva e o desenvolvimento da empatia. 

Tudo isso é essencial para melhorar as nossas relações sociais e sentir-nos bem mais confiantes e seguros.

Os relacionamentos são parte fundamental das nossas vidas. 

Amar e ser amado é algo que todos procuramos, e os abraços podem ser parte importante deste objetivo.

A troca de energia que ocorre durante um abraço é um investimento no relacionamento, e ajuda a criar empatia e compreensão. 

Dessa forma, as relações fortalecem-se e adquirem níveis mais profundos, relacionamentos positivos são fundamentais para trazer felicidade a todas as áreas das nossas vidas.

Um abraço ainda pode oferecer conforto a alguém que esteja a passar por um momento ou situação difícil na vida. 

Às vezes não temos ideia do quanto uma pessoa pode estar precisando de um abraço, e de como um contacto próximo, mesmo que rápido, pode trazer um sorriso e um pouco de luz a um dia triste.

Os abraços representam um contacto físico tão próximo e íntimo que ao dá-los ou recebê-los, permitimo-nos sentir tanto a respiração como os batimentos do coração da outra pessoa. Isto faz com que sejam ideais para estreitar vínculos, o que se acentua num casal. 

No casal os abraços, além de serem um gesto de afeto e carinho, provocam a liberação de dopamina que é uma hormona que contribui para o aumento do desejo sexual.


3 – Reduz a tensão arterial


Quando abraçamos alguém a nossa ‘hormona do amor’ dispara.

 Esta hormona, conhecida como oxitocina, desempenha um papel fundamental na redução de cortisol o que faz descer a pressão arterial. 

Estudos mostram que os abraços têm o poder de reduzir os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea, além de diminuir o risco de doenças cardíacas. Isso ocorre, pois a pele possui uma rede de centros de pressão que ficam em contacto com o cérebro por meio de nervos ligados a vários órgãos, inclusive o coração.


4 – Reforça o sistema imunitário.


A leve pressão no esterno e a descarga emocional ativam o chakra do plexo solar, que por sua vez estimula a glândula timo. 

Esta glândula regula e equilibra a produção de glóbulos brancos, contribuindo para a manutenção de altos níveis de imunidade. 

De acordo com um estudo conduzido pela universidade de Carnegie Mellon (EUA), abraçar, especialmente no caso de pessoas que sofrem de altos níveis de stress, ajuda a tornar as pessoas mais resistentes a infeções.


5 – Reduz o stress


Os abraços diminuem os níveis de cortisol, conhecido como a hormona do stress. 

Altos níveis desta hormona podem prejudicar a saúde. 

Estudos encontraram evidências de que pessoas que foram mais abraçadas na infância demonstram menos sintomas de stress na vida adulta. 

A afeição física também ajuda a atenuar as nossas reações a situações stressantes e contribui para reduzir a ansiedade.


6 – Alivia a dor


A oxitocina faz-nos sentir menos dor. 

Abraçar também é muito eficaz para aliviar tanto o desconforto físico e emocional.


7 – Relaxa os músculos


Ao promover a libertação de “hormonas boas” e reduzindo a tensão arterial, o abraço ajuda também a descontrair os músculos, ajudando a libertar e diminuir a tensão no corpo, deixandonos mais calmos e relaxados.


8 – Oferece proteção


O toque carinhoso de um abraço ajuda a criar uma sensação de segurança, já que nos sentimos totalmente protegidos quando abraçamos alguém que amamos.

 Além disso, cientistas encontraram evidências de que os abraços ajudam a reduzir nossas preocupações e medos existenciais. 

Estudos também mostram que as sensações táteis dos abraços protetores que  recebemos de nossos familiares na infância se mantêm no sistema nervoso quando nos tornamos adultos, e ajudam a aumentar nossos sentimentos de confiança, autoestima e amor-próprio.


9 – Queima calorias:


Abraçar queima cerca de 12 calorias.


10 – Promove a saúde do cérebro e a memória.


Quando a oxitocina é libertada na corrente sanguínea o poder da memória melhora. 

Também estimula o sistema nervoso parassimpático contribuindo para encontrar um equilíbrio entre ativação e calma.

Benefícios dos abraços entre pais e filhos

– Abraçar ativa as endorfinas, que ajudam a aumentar a sensação de alegria e afastam as dores, ansiedade ou tristeza.

– Os abraços geram uma sensação de segurança nas crianças e tornam-nas pessoas mais seguras e com mais confiança em si mesmas.

– Abraçar fortalece o vínculo entre o bebé e os pais e potencializa a sensação de união e compreensão.

– O abraço transmite calma e tranquilidade para as crianças.

– Os abraços fortalecem a autoestima da criança.

É tão bom dar um abraço, como recebê-lo e um abraço acaba sendo medicinal quando são os nossos filhos que nos dão.


A Terapia do Abraço


Um abraço terno faz qualquer ser humano sentir-se melhor.

 E esta é uma espécie de corrente internacional, construída com o objetivo de espalhar abraços e, claro, um pouco de felicidade para a nossa vida, que nem sempre é fácil.

O psicoterapeuta mexicano Omar Villalobos afirma que trata-se de uma técnica terapêutica impulsionada pelo contacto físico, “pelo toque”. 

O objetivo pode ser curar um simples desalento, como também fazer com que alguém que esteja com uma doença realmente grave, sinta-se fortalecido.

Os defensores enfatizam que os benefícios englobam o físico e o emocional, destacando que fenómenos físicos podem decorrer do ato de abraçar. 

Há comprovações científicas que baseiam a ideia.

 Quando se abraça outra pessoa, com ternura, o corpo liberta dopamina, endorfinas e oxitocina, químicos que impulsionam o bem-estar.


Tipos de abraço


1 – Abraço superficial: É aquele dado de maneira casual. Geralmente é realizado entre amigos, ou ainda, colegas de trabalho.


2 – Abraço de urso: Quando verdadeiro, é capaz de reconfortar qualquer pessoa, independente da situação.


3 – Abraço caloroso: Demonstra, sobretudo, carinho e afeto por um amigo ou amiga. 

A sua duração costuma ser um pouquinho maior.


4 – Abraço relâmpago: Quando menos se espera, eis que ele acontece. Normalmente, vem a partir de um impulso.


5 – Abraço em grupo: Realizado com frequência nas escolas ou faculdades. 

Revela, de modo geral, coerência e confiança mútua.


6 – Abraço sanduíche: Um abraço para três ou mais participantes. 

Para tal, duas pessoas ficam de frente uma para a outra, aguardando uma terceira, que ficará providencialmente entre ambas.


7- Abraço pelas costas: Uma agradável surpresa! 

Ele é voltado para aquelas pessoas que desejam surpreender um amigo, amiga, namorada, namorado.


8 – Abraço envolvente: Bastante comum entre casais. 

É como se, de uma hora para outra, os corpos se pudessem comunicar. 

Um abraço envolvente, por sua vez, é quase sempre acompanhado de um beijo mais apaixonado.


9 – Abraço noturno: É dado nos momentos de maior intimidade.

 A sua realização pode ocorrer em diferentes lugares, seja no banho, na cama, no sofá…






segunda-feira, 20 de maio de 2024

Metade das famílias carenciadas com crianças não compra todos os medicamentos que devia

 


Metade das famílias carenciadas com crianças não compra todos os medicamentos que devia


Cerca de metade das famílias mais carenciadas com crianças e jovens até aos 15 anos não compra todos os medicamentos que devia, indicador de uma das principais barreiras no acesso aos cuidados de saúde, segundo um inquérito nacional.


A conclusão consta do estudo "Acesso das Crianças a Cuidados de Saúde", realizado por dois investigadores da faculdade de Economia e Gestão da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE), Pedro Pita Barros e Carolina Santos, que numa primeira versão divulgada em dezembro indicava já que a pobreza impede muitas famílias de irem a consultas ou urgências.

Na versão final agora divulgada, o relatório mostra que, num país onde os menores estão isentos do pagamento de taxas moderadoras, uma das principais barreiras financeiras no acesso aos cuidados de saúde está relacionada com o custo dos medicamentos.

Numa análise de agregados familiares com crianças e jovens abaixo dos 15 anos, os investigadores concluem que 50,7% das famílias em situação de elevada carência económica (escalão E) em 2022 não adquiriram todos os medicamentos que deviam.

A percentagem é quase três vezes superior em relação às famílias pertencentes ao escalão anterior (17,11%) e 12 vezes superior face aos agregados familiares com menos dificuldades económicas (4,22%).

"Após uma redução deste indicador entre 2015 e 2019/2020, a probabilidade de não aquisição de todos os fármacos aumentou desde então, sobretudo nos escalões socioeconómicos mais desfavorecidos (D e E)", comparam os investigadores, justificando que "a conjuntura económica dos últimos anos, com inflação elevada, tem acentuado as barreiras financeiras no acesso a cuidados de saúde".

Outro dos indicadores observados é a substituição de medicamentos de marca por genéricos e, também a esse nível, são identificadas diferenças relacionadas com a situação socioeconómica das famílias.

De maneira geral, nos últimos anos houve um favorecimento por medicamentos genéricos, com a probabilidade de as famílias optarem por genéricos a crescer cerca de 36% em apenas dois anos, de 23,26% em 2020 para 32,31% em 2022.

No entanto, entre os agregados familiares mais e menos carenciados existe uma diferença bastante significativa e enquanto apenas 7,4% das famílias com menos dificuldades optam por genéricos, essa escolha é feita por 66,6% das famílias mais carenciadas.

Em linha com as conclusões adiantadas em dezembro, que mostravam um aumento da percentagem de famílias que não procurou auxílio médico, a versão mais recente do relatório releva que a probabilidade de não ir a uma consulta ou urgência por falta de dinheiro mais que triplicou em apenas um ano, de 2,14% para 7,35%.

As famílias em situação de elevada carência económica apresentam uma percentagem bastante superior à média: duas em cada 10 evitam ir ao médico por esse motivo.

Sem taxas moderadoras, as barreiras económicas no acesso a consultas e urgências estão, por exemplo, relacionadas com o custo de transporte ou os custos associados à aquisição de medicamentos, mas os investigadores apontam também barreiras não financeiras no acesso a cuidados de saúde.

Destacando os médicos de família, o relatório revela que a maioria dos agregados familiares tinha médico atribuído (85,84% entre as famílias com menores de 15 anos e 82,38% nas restantes).

Há, ainda assim, zonas do país com menor cobertura e as taxas mais baixas registam-se na Grande Lisboa, onde apenas 79,09% das famílias com menores de 15 anos e 65,27% das restantes tinham médico de família.









quinta-feira, 9 de maio de 2024

Como posso ter acesso gratuito a preservativos?

 


Como posso ter acesso gratuito a preservativos?


Em Portugal, o Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA disponibiliza preservativos femininos e masculinos e gel lubrificante para distribuição gratuita junto das populações mais vulneráveis e em situação de risco de infeção, através de organizações não-governamentais, escolas, universidades, contextos festivos, saunas gay, locais de diversão noturna, de práticas de sexo comercial e de consumo de drogas.

Os preservativos estão também disponíveis, gratuitamente, nas consultas de saúde sexual e reprodutiva, nos cuidados de saúde primários e nas consultas hospitalares de seguimento das pessoas que vivem com a infeção

Compâtível com preservativos masculinos e femininos de látex natural. poliurêtâno ê poliiroprêno. 

Não protege contra gravidez, infrções sêxuâlmente taansmissíveis e HIV.

Utilize como lubriÍicante adicional quaf,do utilizaÍ preservativoso nas relações sexuais 

 Abra a embalagem cuidadosamente. 

Não utilize os dentes.

 Coloque o lubrificante, espremendo a bolsa, na palma da mão. 

Coloque na área genital.

Elimine a bolsa de lubrificante usada, envolvendo-a num lenço de papel e colocando-a no Iixo.

 Lave as mãos com água e sabão

Não utilize com vaselina, óleos comestíveis, creme de mãos e de corpo.

 Não coloque a bolsa do lubrificante na sanita.

Se surgirem irritaçóes, deixê de.usar e consulte o seu médico.

Pode causar reações alérgicas em alguns indivíduos

Este produto é de uso único.

 O lubrificante espalha-se facilmente, adere bem, não é prejudicial para os tecidos humanos nem danifica preservativos.

 O lubrificante à base de água não tem gordura, é transparente e não irritante.

Recomendado como lubriÍicante vaginal adicional ou para prevenir a irritação e secura durante a relação sexual.

 Armazene a uma temperatura média abaixo de 30ª c e evite a exposição da luz solar direta.





sexta-feira, 26 de abril de 2024

Vencer jogos online pode prejudicar a sua memória muscular

 


Especialistas Alertam: 5 Formas Surpreendentes Como Ganhar Jogos Online Pode Prejudicar a Sua Memória Muscular


1. Risco de Problemas Posturais


A má ergonomia e a exposição prolongada ao ecrã podem contribuir para problemas posturais, como a postura da cabeça inclinada para a frente ou ombros arredondados. Estas condições não só afetam a saúde física, mas também podem perturbar o desenvolvimento de uma memória muscular precisa.

A  American Chiropractic Association (ACA) sublinha a importância de postos de trabalho ergonómicos para prevenir problemas musculoesqueléticos.


2. Distracção da Repetição Física


A realização repetida de movimentos ou ações específicas em jogos online pode levar a lesões por uso excessivo e redução da amplitude de movimento nas articulações e músculos. 

Esta limitação pode afetar negativamente a memória muscular, à medida que o corpo se habitua a um conjunto limitado de movimentos.

A American Physical Therapy Association (APTA) recomenda a prevenção de lesões por uso excessivo através de alongamentos regulares e ajustes ergonómicos.

Meyer sugere: "Reservar tempo para a prática física e repetição offline, sem a tentação da validação instantânea online, é crucial."


3. Negligência de Exercícios Físicos


Os utilizadores frequentes da internet muitas vezes negligenciam o exercício físico, o que leva a uma memória muscular subdesenvolvida. 

No desenvolvimento da memória muscular, a regra prática é "usar ou perder".

Os jogos online envolvem frequentemente longos períodos sentados ou com movimento físico mínimo. Este comportamento sedentário pode levar ao desuso muscular e à diminuição da flexibilidade.

 Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a falta de atividade física é um dos principais fatores de risco para a mortalidade global. 

A OMS relata que, a nível global, 1 em cada 4 adultos não é suficientemente ativo.

"É importante manter um estilo de vida equilibrado," partilha Meyer, "Certifique-se de que pratica exercício regularmente para manter os músculos em uso — e na memória."


4. Aumento da Carga Cognitiva


Embora as atividades online possam aprimorar as competências cognitivas, o excesso de jogos ou tempo de ecrã pode sobrecarregar o cérebro. 

Isto pode desviar a atenção dos movimentos físicos e dificultar a formação de padrões precisos de memória muscular.

Estudos dos National Institutes of Health (NIH) sugerem que o tempo de ecrã excessivo pode afetar a capacidade de atenção e a função cognitiva.


5. Experiência Desconectada


Os sucessos online não têm a complexidade tátil das vitórias no mundo real. 

Uma pontuação alta num jogo online está longe de ser comparável a marcar pontos num jogo real. 

Esta desconexão pode limitar a aprendizagem abrangente que a memória muscular exige.

Meyer aconselha: 

"Não escolha o digital em detrimento do físico. Combine-os. 

A experiência tátil das conquistas físicas contribui significativamente para a memória muscular."






Porque é que estamos cada vez mais gordos ?

Hoje assinala-se o Dia Nacional de Luta contra a Obesidade Estudos mostram que a obesidade é mais passível de preconceito e discriminação do...