quinta-feira, 23 de abril de 2020

Como desinfestar o seu telemóvel


Nestes dias, todo o cuidado com desinfeção é pouco. Saiba como desinfetar o seu telemóvel, que pode ser responsável pela acumulação e transmissão de bactérias e vírus




sexta-feira, 17 de abril de 2020

Peso das mochilas




O peso das mochilas das crianças é um assunto importante para pais, educadores e profissionais de saúde. O transporte de mochilas com peso excessivo (superior a 10% do seu peso corporal) pode ter implicações negativas na saúde.

Existem estudos sobre esta matéria?

Diferentes estudos indicam que mais de metade das crianças em idade escolar transportam mochilas com peso excessivo.

Quais as recomendações para o peso das mochilas?

A Organização Mundial da Saúde recomenda que as crianças e jovens em idade escolar (6 aos 18 anos) carreguem mochilas apenas com menos de 10% do peso do seu corpo.
Ou seja, se uma criança pesar 30 quilos, a sua mochila não deve ultrapassar os 3 quilos.

Porque se transportam mochilas tão pesadas?

As mochilas são pesadas porque transportam livros, cadernos, material escolar, vestuário e calçado para educação física, entre outros.

O problema está só no peso das mochilas?

Não. Está também relacionado com:
  • o formato da mochila
  • não saber usar a mochila corretamente

Quais são as consequências do peso das mochilas?

As crianças em idade escolar estão numa fase de crescimento e é nesta fase que a maioria dos problemas posturais aparecem. Usar, repetidamente, uma mochila demasiado pesada numa idade precoce pode contribuir para o aparecimento de dores, particularmente ao nível dos ombros, do pescoço e da região lombar.
As principais consequências são:
  • curto prazo: dores de costas e de pescoço
  • médio prazo: alteração da marcha e postura
  • longo prazo: lesões degenerativas da coluna que alteram o crescimento do corpo

Quais são as possíveis soluções?

Os pais e encarregados de educação desempenham um papel primordial na questão da redução do peso das mochilas. Sugere-se que orientem as crianças no sentido de escolher materiais mais leves, bem como supervisionar a preparação da mochila de acordo com o horário escolar.
Deve-se:
  • optar por mochilas de rodinhas
  • usar a mochila carregada à altura do dorso (parte média das costas)
  • usar a mochila nas costas o mínimo de tempo possível
  • distribuir adequadamente o material escolar dentro da mochila, colocando o conteúdo mais pesado junto às costas
  • colocar na mochila apenas o material necessário para o dia em causa
  • não levar para casa manuais que não são necessários, deixando-os, por exemplo, em cacifos nas escolas
  • usar dossiês em substituição de cadernos, para poder escrever em folhas que vão sendo arquivadas
  • usar as duas alças da mochila
É ainda aconselhado aos profissionais de saúde abordar a temática do excesso de peso das mochilas durante as consultas de vigilância de saúde.

Perante o problema, foram adotadas medidas pelo Governo?

Sim. No final de outubro de 2017, o Parlamento aprovou um projeto de resolução n.º 1088/XIII que inclui 11 medidas para diminuir o peso das mochilas escolares.
Entre as 11 medidas aprovadas estava:
  • a ponderação de um mecanismo de certificação das mochilas
  • o estudo das condições mais adaptáveis
  • a implementação de salas fixas para cada turma de modo a evitar que as crianças tenham de carregar as mochilas durante os intervalos letivos
  • a construção de cacifos
  • a possibilidade de os livros serem produzidos com um papel com uma gramagem mais leve
  • a utilização gradual de recursos digitais faziam parte do projeto de resolução
Também a Direção-Geral da Saúde identificou no Programa Nacional de Saúde Escolar de 2015 o peso excessivo das mochilas como um fator determinante para as doenças musculoesqueléticas, que representam uma elevada carga de doença nas crianças em idade escolar.

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Estudo vê ‘espinhos’ no coronavírus e pode ajudar a barrar contágio

Entender a estrutura das proteínas é a parte mais importante para saber como o vírus se conecta com as células humanas

Pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, descobriram uma proteína que tem formato de espinho na superfície do novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19.

Com isso, eles esperam contribuir para o desenvolvimento de medicamentos para tratar a doença. A pesquisa foi publicada na revista científica britânica Nature.

"Sabendo quais características estruturais das proteínas virais são mais importantes para estabelecer contato com células humanas, podemos projetar medicamentos que bloqueiam sua atividade. É como bloquear seu radar", explica o pesquisador biomédico da universidade, Fang Li.

A equipe usou a cristalografia — ciência que estuda a disposição dos átomos em superfícies sólidas — de raios-X para criar um modelo 3D da aparência da proteína que tem formato de espinhos e de como ela se liga às células humanas.

Embora isso não pareça com as fotos do coronavírus já divulgadas, esse é um modelo útil para biólogos porque permite que eles visualizem como pequenas mutações na proteína criam diferentes dobras e sulcos, o que muda a maneira como a partícula do vírus se liga aos receptores nas células humanas.

Assim, a equipe descobriu que a cepa de coronavírus SARS-CoV-2 tem algumas mutações que formam uma "crista" muito compacta na proteína 'espinho'. Ela é mais compacta que a do vírus da SARS, e esse pode ser um dos motivos pelos quais essa nova cepa é tão hábil em infectar humanos, causando o COVID-19.

"A estrutura 3D mostra que, comparado ao vírus que causou o surto de SARS entre 2002 e 2003, o novo coronavírus desenvolveu novas estratégias para se ligar ao receptor na célula humana, resultando em uma ligação mais rígida", disse Li ao jornal The Guardian.

A equipe espera que a descoberta ajude outros pesquisadores a desenvolver medicamentos ou vacinas para o vírus.

"Nosso trabalho pode orientar o desenvolvimento de anticorpos monoclonais que agiriam como um medicamento para reconhecer e neutralizar a ligação da proteína com as células do corpo humano", afirma o pesquisador. "Ou uma parte dessa proteína pode se tornar a base para uma vacina", analisa.

Mas é preciso ter cautela. Esse tipo de pesquisa está em constante evolução e, embora o modelo seja promissor, o estudo usou apenas pequenos fragmentos do vírus.

Porque é que estamos cada vez mais gordos ?

Hoje assinala-se o Dia Nacional de Luta contra a Obesidade Estudos mostram que a obesidade é mais passível de preconceito e discriminação do...