terça-feira, 30 de agosto de 2022

Quanto mais puro o azeite, mais antioxidantes ele contém e mais benefícios entrega à saúde

 


Azeite faz bem para o coração; veja mais 8 benefícios dessa gordura boa



O azeite é o óleo extraído da azeitona, o fruto da oliveira.


 Essa árvore é uma das mais antigas conhecidas do mundo, sendo cultivada antes da invenção da escrita. Por isso, sabe-se que o consumo do azeite é milenar, mas não se tem conhecimento desde quando ele passou a fazer parte das refeições.

Já foi usado também para aliviar dores e curar feridas em guerras. 

 E o azeite é o melhor exemplo de que nem toda gordura faz mal. Devido às propriedades benéficas ao organismo, os mediterrâneos o apelidaram de "ouro líquido".

Há diferentes versões de azeite próprias para o consumo. 

O azeite extravirgem é considerado o mais saudável e tem sabor e aroma bem definidos. 

O virgem possui os mesmos benefícios que o extravirgem, porém, o teor mais alto de acidez resulta em gosto e aroma inferiores.

 O refinado apresenta baixa qualidade, mas ainda mantém ácidos graxos na composição. E o azeite de oliva é a mistura do refinado com o virgem ou óleo de soja.

O azeite possui gorduras monoinsaturadas, ômega 9, vitaminas E, A e K, ferro, cálcio, magnésio, potássio e aminoácidos. Além de propriedades antioxidantes que proporcionam vários benefícios à saúde. No Brasil, o azeite é usado com frequência para temperar saladas e em carnes, pois realça o sabor dos alimentos. Conheça os benefícios desse óleo.


1. Possui propriedades anti-inflamatórias


Uma pesquisa publicada na revista científica Nature mostrou que o azeite extravirgem possui um composto anti-inflamatório natural que inibe a atividade de enzimas envolvidas na inflamação e na dor do mesmo modo que o ibuprofeno, medicamento anti-inflamatório frequentemente usado para aliviar dores de cabeça, garganta e musculares. 

O consumo regular do ingrediente ofereceria conforto para quem sofre dessas e outras dores crônicas, como nas articulações e nas costas.


2. Previne doenças cardíacas


Por ser rico em ácidos graxos monoinsaturados (ômega 9), o consumo regular de azeite contribui para a redução do colesterol ruim (LDL) e elevação do bom (HDL). Ele também é rico em polifenóis, compostos que respondem pelo sabor característico, além de terem ação antioxidante e preventiva de doenças cardiovasculares.

Sabe-se que taxas elevadas de LDL contribuem para a formação de placas de gordura que bloqueiam o fluxo sanguíneo e podem levar a infartos e ao AVC (acidente vascular cerebral). 

Uma revisão de estudos que contou com mais de 840 mil pessoas comprovou que o azeite era a única fonte de gordura monoinsaturada que contribuía para a diminuição do risco de AVCs e doenças cardíacas.


3. Reduz o risco de diabetes


Um estudo publicado na revista científica Diabetes Care concluiu, após quatro anos de acompanhamento, que uma dieta suplementada com azeite de oliva diminuiu a incidência de diabetes tipo 2 em pessoas com alto risco de problemas cardiovasculares. 

A incidência de diabetes foi reduzida em 51% naquelas pessoas que consumiram o azeite em comparação com quem teve uma dieta com baixa ingestão desse tipo de óleo. 

Sabe-se que o azeite proporciona efeitos benéficos no açúcar no sangue e na sensibilidade à insulina.


4. Protege o cérebro


O azeite contém antioxidantes que estão relacionados ao bom funcionamento e preservação do cérebro.

 Essas substâncias são eficazes na prevenção de danos causados pela oclusão de artérias cerebrais, como AVCs. Ainda estão sendo realizadas pesquisas que investigam a possibilidade de o azeite contribuir na melhora de funções cognitivas. 

A explicação para esse benefício seria um composto presente no óleo, o hidroxitirosol, capaz de impedir a degeneração dos neurônios e, com isso, retardar o processo de envelhecimento cerebral.


5. Melhora os sintomas de artrite reumatoide


A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as articulações. 

O consumo de alimentos como frutas e cereais integrais e gorduras benéficas, como o azeite, pode minimizar os sintomas da inflamação.

 O azeite de oliva extravirgem está relacionado à redução de dor crônica.

 Um trabalho da Universidade Estadual de Londrina mostrou que o azeite e o óleo de peixe melhoraram a dor e a rigidez nas articulações em pessoas com artrite reumatoide.


6. Faz bem para os ossos


O consumo regular de azeite também favorece a saúde dos ossos. 

A presença da oleuropeína colabora para aumentar a quantidade de osteoblastos, as células que formam o tecido ósseo. Além disso, a presença da vitamina K ajuda a manter os ossos resistentes a fraturas.


7. Pode diminuir o risco de depressão


As pessoas que consomem mais gorduras mono e poli-insaturadas, como as presentes no azeite, têm risco menor de depressão, de acordo com uma pesquisa publicada no PLoS ONE. Foram avaliados 12 mil voluntários durante seis anos. 

Os pesquisadores mostraram que quem comeu mais gorduras trans, em vez de uma dieta com uso de azeite, teve risco 48% maior de desenvolver depressão.


8. Previne a colite ulcerativa


A colite ulcerativa é uma doença inflamatória intestinal (DII) que afeta o intestino grosso.

 De acordo com uma pesquisa realizada no Reino Unido com 25 mil pessoas com idades entre 40 e 65 anos, o consumo de azeite pode ajudar a diminuir o risco da doença. 

Isso ocorre devido ao ácido oleico, um componente do azeite. Os voluntários tiveram um risco 90% menor de desenvolver colite.


9. Retarda o envelhecimento

O azeite de oliva possui uma série de compostos antioxidantes que reduzem a formação de radicais livres. O consumo regular previne o estresse oxidativo, que é responsável pelo envelhecimento precoce das células de todas as partes do corpo.


Benefícios em estudo


- Pode evitar o Alzheimer: a doença neurodegenerativa causa deterioração das funções cerebrais e prejudica a memória e a linguagem.

 Uma das suas características é o acúmulo de placas beta-amilóides nas células do cérebro. 

Um estudo realizado com cobaias mostrou que uma substância presente no azeite (oleocanthal) pode remover essas placas e prevenir a doença. 

Mas ainda faltam estudos com humanos que comprovem a relação do azeite com a diminuição do risco de Alzheimer.


9. Retarda o envelhecimento


O azeite de oliva possui uma série de compostos antioxidantes que reduzem a formação de radicais livres. 

O consumo regular previne o estresse oxidativo, que é responsável pelo envelhecimento precoce das células de todas as partes do corpo.


Benefícios em estudo


- Pode evitar o Alzheimer: a doença neurodegenerativa causa deterioração das funções cerebrais e prejudica a memória e a linguagem. 

Uma das suas características é o acúmulo de placas beta-amilóides nas células do cérebro. 

Um estudo realizado com cobaias mostrou que uma substância presente no azeite (oleocanthal) pode remover essas placas e prevenir a doença. 

Mas ainda faltam estudos com humanos que comprovem a relação do azeite com a diminuição do risco de Alzheimer.



Formas de consumo


A ingestão recomendada de azeite é de, no máximo, duas colheres de sopa por dia (o equivalente a 30 g). A orientação dos especialistas é evitar usar o óleo para refogar ou fritar os alimentos. 

Isso porque, ao aquecê-lo, perdem-se suas propriedades antioxidantes e o efeito anti-inflamatório, ainda que não haja malefícios à saúde.

O azeite pode ser consumido in natura para finalizar preparações como saladas, legumes cozidos e pratos quentes com peixe, carne e aves.

 Pode-se consumi-lo também com pão como substituto saudável para margarina ou manteiga. 

Não há contraindicações para o consumo, desde que seja com moderação.

Na hora da compra, opte pelo produto que venha em embalagem escura ou de vidro. 

Ela impede a entrada da luz e não compromete as propriedades do alimento.

 Prefira os azeites puros, sem mistura com outros óleos. Por isso, não se esqueça de olhar o rótulo na hora da compra.







terça-feira, 5 de julho de 2022

Alergias e Prevenção

 


A  Alergia na Criança 


 Curatualergia 


 Alergias e Prevenção


As pessoas podem proteger-se de animais ou fatores que podem causar dano ou incomodar. Por exemplo: se de repente encontramos um aranha à nossa frente, fugiremos.

Mas o que se passa quando o que nos pode fazer mal é tão pequeno que não o vemos? 

O nosso corpo também está preparado para lutar contra estas pequenas substâncias estranhas. Um exemplo são os vírus ou bactérias que entram no nosso corpo causando uma infeção.

Para lutar contra estas substâncias externas, o nosso corpo tem um exército de defesa que se chama sistema imunitário. 

O sistema imunitário ataca-os para os destruir e expulsá-los do corpo. 

Assim quando o vírus entra através do nosso nariz ao respirar, o sistema imunitário ativa-se e faz-nos espirrar para que possamos expulsá-lo para fora do corpo.

Mas em algumas pessoas o sistema imunitário equivoca-se e reponde de maneira exagerada contra estas substâncias estranhas. 

Estas substâncias são inócuas para a maioria das pessoas mas não para as pessoas alérgicas, as quais, em contato com elas, desenvolvem uma reação alérgica, podendo ter diferentes sintomas como comichão, inchaço ou rubor da pele, dificuldade para respirar, problemas digestivos… 

Ou inclusive problemas mais graves.


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Doentes com cancro vão poder fazer quimioterapia em casa

 

Doentes com cancro vão poder fazer quimioterapia  em casa










quinta-feira, 26 de maio de 2022

Dia Mundial das Doenças Digestivas: O Cancro Colorretal

 


 O Cancro Colorretal


O Dia Mundial das Doenças Digestivas assinala-se a 29 de maio. 


Esta efeméride tem como objetivo mobilizar e orientar a população para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças do aparelho digestivo.

O número de doenças digestivas em Portugal está a aumentar.

 De acordo com a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), o cancro digestivo (pâncreas, fígado, esófago, estômago e colorretal) regista números bastante elevados em todo o mundo, pelo que Portugal não é exceção, representando 10% da mortalidade portuguesa e matando atualmente um português por hora.

O cancro colorretal (ou cancro do colón e do reto) é o mais comum na Europa e o 3º cancro mais comum no mundo. 

A incidência e mortalidade variam muito de país para país. Em Portugal, todos os dias são diagnosticados 27 novos casos de cancro colorretal, o que significa que por ano surgem cerca de 10 mil novos doentes.

Este tipo de cancro tem uma progressão lenta e silenciosa, assintomática, que muitas vezes pode ser superior a 10 anos. No entanto, a realização de rastreios, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes, diminui a mortalidade por cancro colorretal em aproximadamente 16%.


 Fatores de risco


A idade é o maior fator de risco para o cancro colorretal. 

É raro aparecer antes dos 40 anos e a incidência começa a aumentar de forma significativa a partir dos 50 anos. 

De acordo com os dados da International Agency for Research on Cancer, 90% dos casos foram detetados a partir dos 50 anos. 

Outros fatores de risco que se destacam são a doença inflamatória intestinal, o alcoolismo, tabagismo, obesidade e a grande ingestão de carnes vermelhas e alimentos processados.


 Sintomas do cancro colorretal


No que respeita aos sintomas do cancro colorretal, são variados e, por vezes, discretos. 

Os mais frequentes são: alteração inesperada do hábito intestinal, ou seja, uma pessoa que normalmente é obstipada passar a ter diarreias com frequência, sem motivo aparente, ou o contrário; a sensação de querer ir evacuar e depois ser uma falsa vontade, e a evacuação não se fazer com a forma habitual; a sensação de não ter evacuado totalmente e não haver mais nada que se possa expulsar, e a perda de sangue.

Existem também alguns sintomas gerais que podem estar relacionados a um problema do intestino, como a pessoa sentir-se doente, ter uma anemia, estar a emagrecer, perder o apetite ou ter dores abdominais persistentes.


Como prevenir?


Até ao momento, não existe um conhecimento exato das causas deste cancro, mas a melhor forma de prevenir é optar por um estilo de vida saudável. 

A dieta mediterrânica tem sido muito aconselhada, sendo aquela que menor probabilidade tem de induzir alterações no intestino. 

 Além disso, é importante evitar o sedentarismo, fumar, ingerir bebidas alcoólicas e contrariar a obesidade. Estes aspetos podem diminuir a probabilidade do aparecimento da doença.

No entanto, uma das melhores formas de prevenção é realizando o rastreio para identificar lesões precursoras do cancro e da deteção precoce. 

Uma das evidências mais importantes do diagnóstico na fase inicial da doença é o facto de 90% destes doentes continuarem vivos cinco anos depois do diagnóstico. 

Por oposição, apenas 10% estarão vivos se a doença já estiver disseminada no organismo aquando da sua descoberta.

Por esse motivo, é importante esclarecer e sensibilizar para a importância do rastreio, por forma a detetar lesões benignas precursoras do cancro ou fazendo o diagnóstico em fase precoce e conseguir um tratamento com grande probabilidade de sucesso. 

E aqui entra outro mito, de que o rastreio é doloroso, porque não é.




domingo, 15 de maio de 2022

Descobertos anticorpos que atacam as células responsáveis pelo aparecimento e expansão dos tumores

 

 Descobertos anticorpos que atacam as células responsáveis pelo aparecimento e expansão dos tumores


A cura para o cancro é um enigma que há muito assombra a sociedade e que, apesar dos vários avanços e descobertas feitas ao longo do tempo, continua, ainda hoje, a ser uma área de grande interesse da comunidade científica que continua a procurar encontrar formas de o combater. 

Segundo dados do Our World in Data, um projeto do Global Change Data Lab , uma organização sem fins lucrativos com sede no Reino Unido, quase 10 milhões de pessoas morrem de cancro todos os anos, ou uma em seis pessoas, sendo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, “uma das principais causas de morte em todo o mundo”.

 Assim sendo, investigações na área vêm responder a uma forte necessidade de combater a esta problemática.

Um novo estudo publicado esta segunda-feira na revista Nature, apresentou resultados promissores em testes realizados a ratos e organoides, “grupos de células cultivadas em laboratório que se organizam em estruturas celulares semelhantes às encontradas em diferentes órgãos”, como explica a EuroStemCell, uma parceria de mais de 400 laboratórios em toda a Europa, conectados por meio de centros de pesquisa, consórcios, redes e hubs. 

O próprio nome, “organoides”, significa “semelhante a um órgão”, acrescenta a organização, pelo que que estes correspondem a versões mais pequenas e simplificadas de órgãos humanos.

Os testes realizados por uma equipa internacional de investigadores e liderados pelo oncologista Eduard Batlle, chefe do laboratório de Cancro Colorretal do Instituto de Pesquisa Biomédica de Barcelona (IRB), identificaram um anticorpo, molécula cuja principal função é garantir a defesa do organismo, conhecido na comunidade científica por MCLA-158 e comercialmente por Petosemtamab, que provou ser eficaz no bloqueio de metástases ou, por outras palavras, no bloqueio da capacidade de os tumores “se disseminarem/alastrarem, através da corrente sanguínea ou do líquido que é drenado dos tecidos do corpo (linfa) pelos vasos linfáticos”, como explica o Serviço de Saúde Nacional (SNS) português.

 Os resultados foram positivos tanto nos testes em ratos como em organoides.

A pesquisa não só provou o potencial de um novo anticorpo no combate ao cancro, como foi o primeiro estudo a usar, segundo o relato de Batlle à ABC Catalunha, uma ferramenta terapêutica para atacar este mecanismo de expansão da doença em tumores sólidos, ou seja, tumores “com origem nos tecidos que não incluem fluidos, por exemplo, carcinoma do pulmão, da próstata, da mama, do cólon”, “nos ossos” e “tecidos moles”, de acordo com o SNS e que constituem a grande maioria de todos os tumores.


MCLA-158, o combatente do cancro


O anticorpo MCLA-158 é responsável por atuar contras as células pluripotentes cancerígenas, ou seja, células capazes de se diferenciar em quase todos os tecidos humanos dando origem a outras células, inclusive, e neste caso, cancerígenas. 

Este anticorpo é capaz de, enquanto combate este tipo de células cancerígenas, que estão na origem da metástase do tumor, preservar as células pluripotentes saudáveis, permitindo que “estas continuem com a sua função regenerativa e, assim, detenham a progressão da doença”, como explica o líder do estudo, também investigador do ICREA e líder do grupo no Cancro CIBER (Ciberonc).

A capacidade do MCLA-158 atingir as células pluripotentes sem afetar as saudáveis depende da sua habilidade para reconhecer duas proteínas diferentes presentes na superfície deste tipo de células cancerígenas: EGFR, presente na grande maioria das células, incluindo saudáveis, e promotora, em caso de sofrer mutações, do aparecimento descontrolado de células cancerosas, e LGR5, presente na superfície das células pluripotentes cancerígenas, responsáveis ​​pela expansão dos tumores. 

O anticorpo estudado pela equipa de Batlle degrada a proteína EGFR apenas em células pluripotentes que exibam o marcador LGR5, ou seja, apenas em células com a capacidade de expandir os tumores. Desta forma, é possível bloquear o crescimento e sobrevivência das células responsáveis por iniciar a doença e expandi-la, sem que a função das células pluripotentes saudáveis seja afetada.

“Há 15 anos que investigamos células pluripotentes cancerígenas, sabemos que elas são o coração do tumor. 

Sabemos que elas contêm a chave para a regeneração tecidual, mas também são elas que impulsionam a propagação da doença”, destaca Battle, adiantando ainda que até encontrar o MCLA-158 “foram testados 500 anticorpos bioespecíficos”. 

A testagem destes anticorpos e a sua posterior exclusão só foi possível devido aos organoides utilizados que permitiram simular a reação de células cancerígenas aos diferentes anticorpos em órgãos humanos.


Organoides, um futuro promissor para a testagem de medicamentos?   


A descoberta feita pela equipa de Battle oferece não apenas um possível novo anticorpo capaz de combater o cancro, mas também um novo sistema de testagem de medicamentos que recorre a organoides. 

Estas simulações em 3D de órgãos humanos permitem reproduzir a resposta do tecido humano a um dado medicamento, neste caso, quando afetado por células cancerígenas. 

Este método permitiria combater algumas dos tumores mais preocupantes enquanto era também possível estabelecer melhor os efeitos secundários dos vários medicamentos.

“Poder trabalhar nestes avatares permite-nos testar a eficácia destes anticorpos em amostras humanas. 

É um teste decisivo que permite que as empresas farmacêuticas consigam identificar os medicamentos mais adequados para combater diferentes tipos de cancro”, enfatiza o investigador do IRB. 

“Outra vantagem é a possibilidade de identificar efeitos colaterais indesejados de medicamentos nos nossos órgãos, utilizando organoides de tecidos saudáveis. Isso possibilitou avaliar os efeitos nocivos da droga nas células saudáveis ​​e, assim, eliminar os anticorpos mais tóxicos nas fases iniciais do estudo”, acrescenta ainda.


Dados preliminares


Antes da publicação dos resultados obtidos nos testes em ratos e organoides, a empresa holandesa de biotecnologia Merus NV, coparticipante do estudo juntamente com o IRB, partilhou, em outubro de 2021, dados preliminares correspondentes à análise da eficácia do anticorpo MCLA-158 num ensaio que investiga a segurança, tolerabilidade e atividade antitumoral da monoterapia com este anticorpo em carcinomas de células escamosas de cabeça e pescoço, um tipo de tumor maligno que invade a derme e que afeta, geralmente, áreas expostas ao sol. 

Já nesta análise, que contou com a participação de sete pacientes (ratos) com o tipo de cancro descrito, os resultados registaram algum tipo de redução do tumor em todos os pacientes, dois deles apresentando redução significativa e outro a remoção total do tumor, como salienta a ABC Catalunha.

 “São dados preliminares que confirmam os bons resultados obtidos na fase experimental com animais”, diz Batlle ao mesmo órgão de comunicação. 

“É uma grande satisfação ver que as nossas descobertas estão a ajudar os pacientes. 

O caminho para chegar até aqui foi animador, mas também muito complexo, e exigiu um grande investimento de recursos, além do esforço de muitos investigadores”, salientou ainda o líder da pesquisa.

A investigação publicada inclui o trabalho realizado no âmbito do consórcio supresSTEM, financiado pela UE que contou com o trabalho colaborativo de várias instituições de investigação internacionais, nomeadamente o IRB Barcelona, ​​o Instituto Hubrecht, o Instituto Sanger, entre outros e as empresas Merus NV e Ocello BV/Crown Bioscience, como realça a ABC Catalunha.






Porque é que estamos cada vez mais gordos ?

Hoje assinala-se o Dia Nacional de Luta contra a Obesidade Estudos mostram que a obesidade é mais passível de preconceito e discriminação do...