sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Diagnóstico precoce ajuda a controlar o desenvolvimento do glaucoma

Janeiro é o Mês da Consciencialização para o Glaucoma

Diagnóstico precoce ajuda a controlar o desenvolvimento do glaucoma


O nervo ótico é formado por um conjunto de milhares de fibras nervosas individuais que transmitem sinais do olho para o cérebro. O glaucoma é uma patologia ocular que causa danos progressivos neste mesmo nervo ótico, e consiste na perda da sensibilidade do tecido da retina por morte de fibras nervosas e consequente perda de visão irreversível.
Existem vários fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento do glaucoma, entre os quais a idade. As pessoas com mais de 60 anos apresentam um elevado risco de desenvolver o glaucoma, sendo necessário que se mantenham atentas e façam consultas de rotina. Monitorizar o estado do olho e do nervo ótico é especialmente importante para as pessoas desta faixa etária, uma vez que o glaucoma avançado pode provocar a cegueira.
A forma mais comum desta patologia é o glaucoma primário de ângulo aberto. Este está associado a um progressivo aumento da pressão dos fluidos dentro do olho. Por se desenvolver lentamente e geralmente sem sintomas, muitas pessoas só se apercebem quando já ocorreu uma perda significativa de visão. Contudo, apesar de não produzir sintomas, o glaucoma pode ser diagnosticado através de uma consulta de rotina, com a avaliação de pressão do olho, alterações na papila do nervo ótico e dos campos visuais.
O tipo menos comum de glaucoma é o glaucoma agudo de ângulo fechado, que normalmente ocorre devido a um aumento significativo da pressão no olho num curto espaço de tempo. Os seus sintomas incluem dor ocular severa, náuseas, forte hiperemia, aparecimento de anéis coloridos em redor das luzes e visão enublada. Esta condição é uma emergência médica, pois a perda de visão pode ser imediata. No entanto, nem todas as pessoas que sofrem de pressão intraocular alta desenvolvem glaucoma e muitas pessoas com pressão ocular normal também sofrem de glaucoma. Quando a pressão dentro do olho é demasiado alta para esse nervo ótico específico, independentemente do valor que tenha essa pressão, produzirá glaucoma. A este tipo de glaucoma designou-se glaucoma de baixa pressão, em que a pressão permanece dentro dos valores normais, mas o nervo ótico apresenta alterações.
A diminuição da pressão intraocular deve ser realizada pelo Oftalmologista, através da prescrição de medicação, podendo mesmo ser necessária uma intervenção cirúrgica. É, por isso, importante a colaboração estreita entre o Oftalmologista e o Optometrista na gestão desta doença, fazendo o controlo com frequência dos valores da pressão intraocular.
O glaucoma não pode ser prevenido nem é uma condição rastreável, mas se for diagnosticado e tratado atempadamente pode ser controlado. Assim, existem exames auxiliares que devem ser feitos quer para diagnóstico, quer para acompanhamento da doença. Na consulta optométrica podem ser efetuadas medições da pressão intraocular, bem como a observação dos fundos oculares através do exame com oftalmoscópio ou outras técnicas de imagiologia. Desta forma, é possível observar e determinar os sinais físicos de possíveis alterações do nervo ótico. Se o glaucoma já estiver instalado, um exame de campos visuais permite analisar a extensão da lesão e acompanhar a patologia. Com o acompanhamento certo, é possível controlar o seu glaucoma em colaboração com o oftalmologista.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Escolas estão atentas aos problemas de postura nas crianças


Centro de Podologia de Famalicão realiza sessões de sensibilização
Escolas estão atentas aos problemas de postura nas crianças
O Centro de Podologia de Famalicão está a promover sessões de sensibilização para os cuidados a ter com os pés e postura nas escolas do concelho de Vila Nova de Famalicão. A primeira ação decorreu esta semana na Escola Básica de Lousado, e contou com mais de 60 crianças do 1º ciclo.
Esta iniciativa tem como objetivo consciencializar crianças, professores, educadores e encarregados de educação para a saúde e higiene dos pés na infância, assim como para a adoção de uma correta postura, quer em contexto de sala de aula, quer no transporte do material escolar em mochilas ou trolleys.
Segundo Francisco Freitas, podologista responsável pelo Centro de Podologia de Famalicão, “as sessões consistem na realização de uma pequena palestra onde são apresentadas as principais doenças do pé e da postura na infância, e partilhadas algumas recomendações úteis para o dia a dia de um estudante. De seguida, as crianças são desafiadas a realizar uma estabilometria, um exame que avalia os níveis de equilíbrio, tanto dos apoios dos pés como da postura do corpo”.
O especialista acrescenta ainda que “apesar do projeto ter surgido de um convite dirigido pela presidente da Associação de Pais da Escola Básica de Lousado, o grande propósito do Centro de Podologia de Famalicão é conseguir levar esta iniciativa a mais escolas do concelho, e desta forma alertar crianças e adultos para problemas de saúde que muitas vezes passam despercebidos”.
A próxima sessão irá decorrer na próxima semana na Escola Básica de Lousado, desta vez direcionada para crianças em idade pré-escolar.

Sobre o Centro de Podologia de Famalicão
O Centro de Podologia de Famalicão foi a primeira Clínica de Vila Nova de Famalicão dedicada exclusivamente à consulta de Podologia, proporcionando o bem-estar dos pacientes e dos seus familiares, com técnicas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação das patologias dos pés.




quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Médicos preocupados com o envelhecimento cardiovascular

3ª reunião do Núcleo de Estudos de Geriatria realiza-se em Tomar
Médicos preocupados com o envelhecimento cardiovascular
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (SPMI) vai realizar a sua 3ª reunião anual nos próximos dias 15 e 16 de março, no Hotel dos Templários, em Tomar. A edição deste ano terá como tema central o “Envelhecimento cardiovascular: as várias faces da doença CV no idoso”.
Para João Gorjão Clara, internista, cardiologista e coordenador do NEGERMI, “esta reunião é direcionada a médicos de Medicina Interna e especialistas de outras áreas da saúde que perspetivem obter e partilhar conhecimentos, experiências e visões no âmbito da Medicina Geriátrica, com especial foco no acompanhamento e tratamento do idoso com doença cardiovascular”.
Em dois de eventos, sublinha ainda o especialista, “os participantes vão estar em contacto com diversos temas pertinentes, que vão desde a relação das demências e da doença renal crónica com as complicações cardiovasculares, como a insuficiência cardíaca ou o acidente vascular cerebral, até à gestão de fatores de risco na doença cardiovascular e à discussão da medicina Anti-Ageing”.
A 3ª reunião do Núcleo de Estudos de Geriatria contará também com um curso pré-reunião sobre “Geriatria no Lar”, que se realizará no dia 14 de março, no mesmo local. Este curso, o segundo com este objetivo, pretende otimizar a assistência aos doentes idosos internados em lares e outras instituições.
As inscrições para a reunião, assim como as submissões de resumos, aceites até dia 12 de fevereiro, devem ser efetuadas online: https://www.spmi.pt/evento/3a-reuniao-do-nucleo-de-estudos-de-geriatria/

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Encontros informais em Coimbra promovem envelhecimento ativo

Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra prepara formação para idosos
Encontros informais em Coimbra promovem envelhecimento ativo
A Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra (UPPC) vai promover, a partir de 30 de janeiro, um ciclo de workshops de promoção do envelhecimento ativo. A iniciativa é dirigida à população sénior e tem como objetivo auxiliar os participantes na sua adaptação e preparação para o processo de envelhecimento.
Perante uma população idosa em contínuo crescimento (segundo o Instituto Nacional de Estatística, este grupo etário representava 21,5% do total da população portuguesa em 2017), “a UPPC procurou desenvolver um programa de desenvolvimento pessoal e social, que contribuísse para a satisfação e qualidade de vida das pessoas mais velhas”, explica Carolina Antunes, gerontóloga e formadora da UPPC.
“Com o próximo ciclo de workshops desta Unidade, inserido na sua Estratégia de Promoção do Envelhecimento Ativo, pretende-se criar um espaço de encontros informais que permita uma verdadeira transformação e consciencialização da condição humana, através de saberes partilhados, conhecimento e experiências adquiridas ao longo da vida, bem como promover e incentivar o convívio e as relações sociais”, acrescenta a especialista.
Num total de 10 sessões realizadas quinzenalmente, os participantes vão ter a oportunidade de abordar diversas temáticas, assim como partilhar as suas ideias e colocar dúvidas. A iniciativa, realizada nas instalações da UPPC, tem início no dia 30 de janeiro e término a 12 de junho:
§  30 de janeiro - «Envelhecimento e saúde: Dicas para uma vida ativa»
§  13 de fevereiro - «Como adotar um estilo de vida saudável para o nosso cérebro?»
§  27 de fevereiro - «Mitos e estereótipos acerca do Envelhecimento»
§  13 de março - «Direitos sociais e Envelhecimento»
§  27 de março - «Transição para a reforma: como planear?»
§  10 de abril - «Como melhorar as relações sociais?»
§  24 de abril - «Testamento vital: tudo o que necessita saber»
§  15 de maio - «Envelhecimento e novos desafios na prestação de cuidados formais»
§  29 de maio - «Benefícios da atividade física»
§  12 de junho - «Prevenção de quedas: Segurança no domicílio»
As inscrições podem ser efetuadas por telefone (239 051 201) ou email (geral@uppc.pt).

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Medicina Interna será cada vez mais decisiva no tratamento do doente

Congresso de Medicina Interna abre candidaturas para submissão de resumos
Medicina Interna será cada vez mais decisiva no tratamento do doente
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna acaba de disponibilizar a plataforma de submissão de resumos para o 25º Congresso Nacional de Medicina Interna, que se vai realizar de 23 a 26 de maio de 2019, no Centro de Congressos do Algarve, em Vilamoura.
Esta iniciativa, organizada em parceria com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, terá como lema central “a Medicina Interna no centro da decisão”, uma posição que, segundo Armando Carvalho, presidente do congresso, “permitirá à nossa especialidade ter futuro e contribuir para um futuro melhor daqueles a quem servimos”.
O internista acrescenta ainda que “com o aumento da complexidade dos doentes e do progresso da medicina, a multidisciplinaridade irá ser cada vez mais decisiva na abordagem dos doentes e do seu tratamento, o que exige equipas cada vez mais diversificadas, lideradas pelos internistas que trazem consigo uma visão abrangente dos problemas”.
Com esta edição, a qual se perspetiva ter a maior participação de sempre, a organização pretende promover a discussão sobre o papel central da Medicina Interna em áreas como a decisão e gestão clínica, planificação dos cuidados de saúde, e inserção da inteligência artificial na prática hospitalar.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

APLO assume a tradução de orientações dirigidas a países de baixo ou médio rendimento

Optometristas portugueses promovem melhor saúde visual em contexto escolar
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) é a organização responsável pela tradução para português da “Norma de orientação para a saúde escolar da visão em países de baixo ou médio rendimento”, um documento elaborado pelo Grupo de Trabalho para a Saúde Escolar da Visão da Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB).
O objetivo desta norma, segundo a IAPB, passa por fornecer orientações dirigidas a profissionais prestadores dos cuidados de saúde visual, professores, pais, autoridades de saúde, entre outros, no que respeita ao planeamento e implementação de iniciativas de saúde da visão em contextos escolares onde os recursos são limitados.
Segundo Raúl Sousa, presidente da APLO, “o papel dos optometristas é fundamental, tal como é descrito na norma, na promoção e prevenção da saúde visual, assim como na intervenção para a restaurar”. Desta forma, destaca o especialista, “a tradução realizada pela APLO representa mais um contributo dos optometristas portugueses no combate da deficiência visual e cegueira no mundo”.
O presidente da APLO refere ainda que “esta é mais uma prova do empenho e competência que os optometristas têm na garantia de uma melhoria da saúde visual de todos nós, um facto que as instâncias legislativas não devem descurar”.
O documento pode ser consultado no site da Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira: https://www.iapb.org/wp-content/uploads/Guidelines-School-Eye-Health-Programmes-Portuguese.pdf

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Um Ano Novo melhor para quem precisa da Segurança Social

Um Ano Novo melhor para quem precisa da Segurança Social
Cada vez somos mais um país de “faz de conta”. Temos sempre no papel as melhores leis, que nos garantem segurança e confiança no Estado, que nos leva metade do salário com a promessa de uma velhice descansada e sem atropelos. Não é preciso estar muito atento para se perceber que os idosos em Portugal não são bem tratados. Se chegam a esta etapa da vida sem terem criado laços fortes de cumplicidade e afeto com familiares e amigos, a fria solidão invade-os sem piedade, de braço dado com a miséria absoluta.
Ser médico é muito mais do que fazer o diagnóstico e passar a receita. Muitas vezes, é importante dar a palavra amiga, falar dos netos e partilhar preocupações, para que o doente se sinta melhor logo à saída do consultório. Também é preciso ter a noção se o orçamento daquela pessoa comporta o valor da nossa prescrição. Por exemplo, se se trata de uma pneumonia ou outra infeção importante, não estando garantida a toma do antibiótico, há razão suficiente para o internamento hospitalar. Portanto, o exercício da medicina implica também ter em conta a componente social de cada indivíduo, sem o qual não é conseguido um tratamento completo. Sempre foi assim e continuará a ser.
Mas, nos tempos que vivemos, em que a incapacidade da Segurança Social é gritante, há cada vez mais pessoas sem doença a encherem os hospitais e a, potencialmente, comprometerem a resposta aos doentes reais, no serviço de urgência ou no internamento. Faria todo o sentido que voltássemos a ter um único Ministério da Saúde e da Segurança Social, tal a forma crescente em que os problemas sociais e de saúde se embrincam e confundem.
A Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares realizou um estudo referido ao dia 19 de fevereiro do presente ano, com a colaboração de 74 por cento dos hospitais do SNS, em que concluiu que havia 960 camas com internamentos sociais, o que correspondia a 6 por cento das camas disponíveis, 50 por cento deles nos Serviços de Medicina Interna, com uma demora média de 67 dias. Tenho a firme convicção que este número está subavaliado, não só porque há ainda 26 por cento de hospitais do SNS que não foram incluídos, mas também porque é difícil obter uma informação clara acerca do momento em que o doente tem alta clínica.
Há algum tempo foram mudadas as regras dos lares de idosos. Quisemos fazê-los fantásticos, mas muitos não cumpriram as obrigações impostas, e foram fechados com estrondo. Agora a Segurança Social não consegue responder às solicitações e o tempo de resposta para colocação em lares é superior a 6 meses.
Quase todos os dias, entram no Serviço de Urgência casos puramente sociais, trazidos pela polícia, pelos bombeiros ou até pela assistente social da zona, que recorre com o utente ao hospital, numa tentativa desesperada de resolver um problema que se arrasta há meses. Quando o chefe de equipa resolve acionar o número da “Emergência Social”, depara-se com o vazio de soluções, que muitas vezes se resumem a uma ou duas noites numa pensão. Quando a única solução é a institucionalização em lar, tem de se internar o velhinho. Lá vai mais um, outros seis meses de espera, num internamento inapropriado.
Há doentes que vão para a Rede de Cuidados Continuados (RCC), por ser mais fácil conseguir lá a sua colocação do que num lar. A RCC “só” demora 2 meses a dar resposta… Depois, conseguida a recuperação possível, é a Unidade de Cuidados Continuados que se defronta com o problema social. Não há retaguarda familiar, nem dinheiro, nem casa. E lá fica o idoso, meses e meses, a comprometer ainda mais a resposta da RCC.
Acredito que o nível civilizacional de um país se pode aferir com a forma como trata os seus idosos. Com a nossa evolução demográfica, devíamos sentir a obrigação de os tratar bem. É um bom desejo de Ano Novo, que passemos a tratá-los melhor. Para isso, são precisos meios materiais e humanos. O “faz de conta” deve ser reservado para o teatro e para as histórias de encantar. No país real, queremos que todos possam viver com dignidade. Os velhos e os novos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Hospitalização domiciliária traz benefícios para o doente agudo

Hospitalização domiciliária traz benefícios para o doente agudo
Hoje assistimos a um aumento da esperança média de vida, para a qual têm contribuído as melhorias das condições de higiene e dos cuidados de saúde prestados no último século. Consequentemente, assiste-se ao envelhecimento da população, que se associa a um acréscimo da prevalência das doenças crónicas, o que representa neste momento um problema transversal aos sistemas de saúde do mundo ocidental, conduzindo a uma sobrelotação dos serviços de urgência e à solicitação crescente do número de camas hospitalares.
Como resposta, têm-se desenvolvido diversas alternativas ao internamento convencional. Para os especialistas em Medicina Interna, a solução passa pela hospitalização domiciliária, uma opção de qualidade, segura, eficaz e de custo-efetivo.
Este conceito surgiu pela primeira vez em 1947, nos Estados Unidos da América, com a experiência “Home Care”, que visava descongestionar os hospitais, assim como criar um ambiente psicológico mais favorável para o doente. Já a primeira unidade a operar neste âmbito chegou à Europa apenas em 1957, a um hospital francês, sendo que no ano de 1996, o Comité Regional da Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS) promoveu o desenvolvimento do “Hospital para Cuidados de Saúde”, também conhecido como “hospital em casa”, seguindo o modelo americano.
A hospitalização domiciliária define-se assim como um modelo de assistência hospitalar direcionado para a prestação de cuidados no domicílio a doentes agudos, cujas condições biológicas, psicológicas e sociais o permitam. O seu público-alvo centra-se numa população maioritariamente idosa, com elevada prevalência de doenças crónicas e com diversas patologias.
Focadas no tratamento agudo de um conjunto variado de doenças, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, Insuficiência Cardíaca Crónica, Pneumonia, infeções adquiridas na comunidade ou hospitalar, etc., as Unidades de Hospitalização Domiciliário (UHD) assentam em cinco princípios fundamentais: voluntariedade na aceitação do modelo, igualdade de direitos e deveres do doente, equivalência de qualidade na prestação dos cuidados, rigor na admissão de doentes e no seu seguimento clínico, humanização de serviços e valorização do papel da família.
Perante uma realidade onde se insere o doente complexo, com múltiplas doenças, o médico que lidera uma UHD deverá ter uma formação generalista e uma visão holística do doente, pelo que os especialistas em Medicina Interna se afiguram com o perfil recomendado.
Atualmente a hospitalização domiciliária detém dois modelos possíveis que podem ser adotados em separados: um que substitui completamente a admissão de doentes, referenciando os doentes diretamente do serviço de urgência e/ou comunidade; e outro que facilita a redução da estadia hospitalar e recruta os doentes nas enfermarias após um período de estabilização clínica inicial. Contudo, é frequente a adoção de um modelo misto, dependente das necessidades do hospital.
Ainda assim, os candidatos com potencial para serem internados no domicílio são geralmente detetados nas urgências. Após esta identificação, é necessário haver um diagnóstico definido, a sua estabilidade clínica, bem como a possibilidade de controlar as co-morbilidades no domicílio. Após esta referenciação, o doente é submetido a uma avaliação em três eixos: médico, enfermeiro e assistente social (este último avalia as condições da casa onde o doente ficará).
Os resultados alcançados com este modelo são atualmente bastante positivos. Não só garantem a satisfação do utente, como na grande maioria dos casos apresenta estabilidade após a avaliação subsequente, sem necessidade de reinternamento hospitalar.
Procura-se assim contribuir para serviços hospitalares sem muros, garantir mais e melhores acessos aos cuidados de saúde, reduzir as complicações inerentes ao internamento convencional (como as quedas, as infeções nosocomiais e os quadros confusionais agudos), criar um entorno psicológico mais favorável ao doente, durante o período de tratamento, e valorizar o papel da família/cuidador, prevenindo a rejeição, o abandono e a institucionalização.



Porque é que estamos cada vez mais gordos ?

Hoje assinala-se o Dia Nacional de Luta contra a Obesidade Estudos mostram que a obesidade é mais passível de preconceito e discriminação do...