“Quando pergunto às pessoas se preferiam ter cancro ou demência, respondem ‘cancro’”
Essa frase foi dita pela neurocientista Luísa Lopes, da Fundação GIMM e da Faculdade de Medicina de Lisboa, numa entrevista recente à Visão.
Ela reflete uma percepção comum e inquietante: muitas pessoas têm mais medo da perda de memória e da deterioração cognitiva do que da própria morte.
O cancro, apesar de grave, é frequentemente associado a possibilidades de tratamento, luta e até cura.
Já a demência é vista como uma erosão lenta da identidade, da autonomia e das relações.
Essa preferência não é apenas emocional
Ela também se relaciona com o estigma social e o impacto profundo que a demência tem na qualidade de vida.
Estudos mostram que pacientes com demência muitas vezes recebem menos cuidados oncológicos quando têm também cancro, o que levanta questões éticas e médicas sobre como tratamos essas doenças em conjunto.
Curiosamente, há evidências científicas de uma relação inversa entre cancro e Alzheimer: pessoas com histórico de cancro têm menor probabilidade de desenvolver demência, e vice-versa.
Isso tem intrigado pesquisadores e pode abrir caminhos para novas abordagens terapêuticas.
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